Uma sequência de fotos divulgada pela agência Associated Press mostra o resgate de um menino imigrante de 7 anos no Rio Grande, que separa México e Estados Unidos. O garoto estava em um grupo de nove pessoas, entre elas cinco crianças, que foi resgatado naquele dia.
Naquele dia, o Rio Grande, que normalmente é calmo, estava cheio por causa da chuva e de liberações de água de um reservatório, e as balsas infláveis onde os migrantes viajavam acabaram virando.
Aos berros, os agentes tentavam fazer com que os migrantes agarrassem uma sacola na ponta da corda que jogaram para tirá-los da água.
“Pegue a sacola! Pegue a sacola!" gritou um dos agentes.
As crianças começaram a gritar, e um dos agentes pulou na água para salvar o menino de 7 anos, que tinha se separado da boia e estava afundando na correnteza rápida.
O resgate veio dias depois de uma balsa virar durante a noite e atirar outro grupo de migrantes no mesmo trecho do rio. Um menino de 10 anos se afogou e outros três estavam desaparecidos.
'É todo dia', diz agente
“Isso é todo dia, várias vezes por dia. É realmente uma crise humanitária”, disse Bryan Kemmet, agente encarregado da estação Eagle Pass Border Patrol. Nos últimos sete meses, os agentes já realizaram 370 resgates, comparados a 31 no mesmo período do ano passado. Quase todos eles aconteceram no rio.
Para o vice-chefe de patrulha de um dos setores da fronteira, Brady Waikel, o aumento na quantidade de resgates não é necessariamente por conta das cheias do rio – mas sim porque a quantidade de pessoas aumentou e há mais crianças pequenas atravessando junto com as famílias. "É uma população vulnerável", avalia.
A agência da fronteira afirmou que normalmente não intervém para retirar migrantes do rio, a não ser que alguém esteja correndo perigo. Eles nem mesmo saem com embarcações à noite, para garantir a segurança dos agentes.
Nos últimos dois meses, mais de 200 mil migrantes foram detidos na fronteira entre Estados Unidos e México, um fluxo que sobrecarregou os agentes e instalações usadas para processar os requerentes de asilo. As informações são do G1.
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