Justiça nega liberdade a líder de cartel de drogas mexicano preso no DF

Lúcio Rueda Bustos também queria ser absolvido sem julgamento, mas pedido foi rejeitado. Ele foi preso em fevereiro em um hotel da capital. 


O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou um pedido de liberdade apresentado pela defesa de Lúcio Rueda Bustos, apontado como líder de um dos maiores cartéis de drogas do México. Ele foi preso em um hotel de Brasília, em fevereiro, enquanto usava documentos falsos.

Além de rejeitar a revogação da prisão preventiva do acusado, a 2ª Vara Criminal de Brasília também negou pedido de absolvição sumária de Lúcio Rueda Bustos.

O acusado responde pelo crime de uso de documento falso, e queria ser isentado da acusação mesmo antes dela ser analisada pela Justiça. Segundo o acusado, não há provas de que ele cometeu o crime.

Ao analisar o pedido, o juiz André Ferreira Brito afirmou que a avaliação "sobre a existência ou não de provas da autoria e materialidade delitiva representam argumentos a serem valorados por ocasião da sentença de mérito, após a regular instrução probatória sob o crivo do contraditório".

Com a decisão, Lúcio Bustos continuará a responder à ação penal. A primeira audiência do processo está marcada para o dia 7 de junho.

Já ao negar o pedido de revogação da prisão preventiva do acusado, o magistrado afirmou que a questão já foi analisada em habeas corpus, que foi negado.

    “Assim, inobstante os argumentos levantados pela parte ora requerente, verifico que o pedido já foi analisado pela instância superior, bem como não foi apresentado qualquer novo elemento a denotar uma alteração no suporte fático que justificou a segregação cautelar do ora requerente”, diz.

Lúcio Rueda Bustos foi preso em 28 de fevereiro pela Polícia Civil, em um hotel no Plano Piloto. Segundo os investigadores, ele é um dos líderes dos maiores cartéis de drogas do México, o Cartel Juarez.

Ao ser abordado pela polícia na piscina do hotel, Bustos apresentou documentos falsos com nome de Ernesto Plascencia San Vicente.

Os investigadores chegaram a ele por meio de denúncias. Segundo o delegado, a movimentação de grupo de amigos estrangeiros chamou atenção. Eles estariam esbanjando, saindo com prostitutas e pagando tudo em dinheiro.
 

No quarto, os policiais apreenderam mais de R$ 30 mil em espécie, além de joias.

O delegado Luiz Henrique Dourado, da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), afirmou à época que o Cartel Juarez tem histórico de violência e muitos homicídios no México.

Lúcio Rueda só estaria abaixo do chefe do cartel e, de acordo com a polícia, tem relação com o tráfico internacional de drogas, pois era responsável pelo transporte de entorpecentes para os Estados Unidos.

O ex-líder do cartel mexicano já havia sido preso na Operação Zapata, desencadeada em 2006 pela Polícia Federal. À época, ele foi condenado pelo então juiz Sérgio Moro, atual ministro de Justiça e que atuava na Justiça Federal no Paraná. As informações são do jornal G1.

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